- Você a ama mesmo ou tá falando por falar?
- Eu a amo, sim. Não é mentira, não.
- E quanto a mim? O que você sente por mim, Maurice?
- Eu? Nada.
- Nada?
- Nada, infelizmente, Romênia. Eu só sinto amor por esse bebê. Por você eu só sinto a lembrança do peso da minha obrigação como pai.
- Então, se é assim, nem precisa se preocupar. Não vou querer ser um fardo na sua vida! – disse Romênia, levantando-se.
- Ei, o que é que você vai fazer?
- Vou fazer algo que eu devia ter feito há muito tempo, mas que eu não fiz por achar que você ia mudar de opinião.
- Sobre o que é que você está falando, Maurice?
- Ah, agora está preocupado, tá?
- Decerto, como não estaria?
- Pois se preocupe, não. Não vai doer nadinha – disse ela, se dirigindo a janela do alto quarto da estalagem.
- Do que é que você está dizendo?
- De mim mesma. Já que você me vê como um fardo e seu filho como obrigação, pode ficar tranquilo, Maurice, pois, a partir de agora, nós não vamos precisar conviver com esse sentimento de rejeição. Sabe por quê? – disse Romênia e colocou uma cadeira no parapeito da janela e subiu ali. – Porque, a partir de agora, você não vai ter problema nenhum. Não vai ser pai. Não é isso que você tanto quer? Pelo menos comigo. Mas com a Jeanette você vai ser feliz para sempre. O que você acha disso?
Não perca amanhã, às 16 horas, as mais importantes cenas de "O SHEIK DE AGADIR".
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