sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Novo capítulo de O SHEIK DE AGADIR: 18


O SHEIK DE AGADIR
Atenção: esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade.
Original de GLÓRIA MAGADAN
Adaptado pelo COMENTARISTA VIRTUAL
Contato (Só MSN): comentaristavirtual@hotmail.com
CAPÍTULO 18
- Eu acho que você está exagerando – disse o sheik Omar.
- Acha mesmo? – perguntou a princesa Éden.
- Acho.
- Pois eu não – continuou ela. – Olha só, sheik: você me deve isso.
- Eu não lhe devo nada.
- Deve. Por sua culpa eu estou presa nessa cama e até agora não consigo me mexer.
- Mas não vai ser por muito tempo. Eu vou agora mesmo providenciar um médico – disse, saindo.
- Espera!
O sheik Omar parou.
- O que foi? – perguntou ele.
- Promete que me ama?
- Prometo que vou trazer um médico – respondeu o sheik e saiu.
Sozinha no quarto, a princesa árabe ia ao delírio:
- Cão danado! Você me paga, miserável! Você verá, verá!!!!!!!!!!!
O sheik Omar chegou na sala de estar, onde Coralina passava uma vassoura.
- Coralina, pare com isso e vá me chamar um médico! – ordenou-lhe o sheik Omar.
- Mas o que foi, Alteza? O senhor não tá bem, tá passando mal, quer alguma coisa?
- Vá chamar um médico! E não é pra mim, é pra princesa Éden.
- Ah, é verdade. Havia me esquecido que ela se encontrava enferma.
- Mas não por muito tempo, se depender do médico que você vai chamar.
- Quanto a isso não se preocupe, sheik, pois eu vou agora mesmo procurar um bom doutor para tratar a nossa princesinha.
- Então vai rápido, hein? Quanto mais o tempo passa mais frágil ela fica.
- Não demoro.
E assim Coralina saiu: apressada.
- Então me pede segredo? – perguntou Romênia.
- Sim, se não for incômodo – respondeu o capitão Maurice.
- Ah, imagine! – retrucou ela. – Incômodo nenhum.
- Jura?
- Não – respondeu ela. – Maurice, você acha mesmo que eu sou mulher de guardar segredo sobre o meu filho?
- Nosso filho.
- Ah, então, agora o filho é seu?
- Não foi você quem disse?
- Disse e confirmo, ele é seu.
- Então?
- Mas não dá pra você me pedir uma coisa dessas. Eu tenho que contar, sim, todo mundo tem que ficar sabendo, a sua mulher tem que ficar sabendo!
- Isso não precisa chegar aos ouvidos de Jeanette.
- Não?
- Não, isso só iria preocupá-la. E ela já deve estar muito abalada emocionalmente.
- Problema dela! – respondeu Romênia.
- Será que você não entende, Romênia, que o problema dela também é o meu problema? – perguntou o capitão Maurice Dumont.
- Não me venha com suas histórias, Maurice. Eu lhe conheço muito bem.
- Você acha que eu não a amo?
- Que diferença faz?
- Acha ou não acha?
- Não.
- Tá, e por quê? Por que você acha que eu não amo Jeanette?
- Porque, se você a amasse como diz que ama, você jamais teria feito um filho em outra mulher.
Hans se levantou, incrédula, do sofá da sala de estar, dizendo:
- Eu não acredito!
- Nem eu – disse o sempre calmo soldado Hans Stauber, sentado numa poltrona.
- Pois é melhor acreditarem. O homem saiu daqui com um ódio que eu nunca vi igual.
- Também vocês já sabem como ele é – respondeu Stauber.
- É, mas dessa vez ele foi longe demais, Hans – disse Frieda. – Ir lá pessoalmente no deserto à cavalo só pra buscar o capitão Dumont? – Frieda ri. – Chega até a ser engraçado!
- Pois eu não vejo graça nenhuma – rebateu Hans. – Se eu fosse o capitão, teria feito a mesma coisa.
- Você sempre copiando o capitão em tudo – disse Zebedeu. – Nunca vi tanta inveja.
- Eu, inveja do capitão Otto? Jamais. Eu não tenho inveja dele, não. Eu tenho é consideração, eu o admiro por demais. Ele é um homem muito competente.
- É. Muito rígido, né? – replicou Frieda.
- É, mas eu acho que ele está certo em ser assim – disse Hans –, porque veja bem: se ele não tiver pulso firme pra comandar o exército, nossa, a Alemanha ia virar terra de ninguém. E, cá entre nós, eles nunca tiveram um comandante tão bom quanto o nosso.
- Bom? – assustou-se Frieda. – Aquele homem é o capeta em forma de gente, Hans! Não sei como você ainda consegue ver bondade naquele tipo de ser humano.
- Bom, a conversa tá boa, mas eu vou tomar um café, comer alguma coisa. Olha, procurar o capitão Maurice foi duro!
- É, e nem o encontrou – provocou Hans.
- Mas, pelo menos, fiz a minha parte. Ao contrário de você, Stauber, não fiquei com a bunda pregada nessa poltrona, não, tá? Me dê licença vocês.
Zebedeu sai.
- Precisava provocar o coitado, Hans?
- Coitado, ele? Coitado de mim!
- Coitado de você? Coitado de você por quê?
- Por ter que ficar sendo desprezado por ti.
No deserto, o capitão Otto andou pra tudo quanto era lugar em cima de seu cavalo, mas nada. Não encontrara o capitão Maurice de jeito nenhum e em nenhum lugar. Voltou para o reino francês. Tendo chegado à sala de estar, chegou na seguinte cena, que veremos a seguir.
- Ah, não, Hans, largue minhas mãos! – livrou-se Frieda.
- Por que insiste em me rejeitar, Frieda?
- Eu não amo você, Hans. Será que você não entende?
- Quem então você ama?
- Ninguém.
- Não é verdade, Frieda. Ainda mais você! Você sempre teve um coração tão bom, tão amoroso, tão meigo – e a pegou nos braços.
- Hans...
- Eu sou feio?
- O quê?
- Me responda, é simples: eu sou feio, Frieda?
- Não, que tipo de pergunta é essa, Hans?
- Porque, do jeito que você me trata, eu só posso imaginar isso, Frieda. Será que eu sou feio demais pra você?
- Não, Hans, você não é feio. Você até tem um certo charme.
- Jura?
- É. Mas...
- O que é que tem?
- Não é o homem que eu procuro, Hans.
- E que tipo de homem você procura, Frieda?
- Sei lá, eu não tenho tipo, perfil, sabe? Só o coração pra escolher e a gente não manda no coração.
- De fato. Porque, por tanto me repudiar, se eu mandasse no meu coração, já teria lhe esquecido era tempo.
- Não diga isso, Hans!
- Como não, Frieda? Então não vês que estou sofrendo?
- E você acha que eu não? Pensas tu que é bom ficar sendo perseguida, sendo amada quando não se ama? Não, isso é muito ruim. Eu não quero lhe fazer sofrer e você sabe disso.
- Mas tá fazendo, Frieda, está fazendo.
Frieda lhe pegou pelo braço.
- Hans, você é muito bom, Hans. Merece ser muito feliz. Tu ainda vai achar uma mulher tão linda, tão cheio de amor para te dar, você vai ver, Hans, é só esperar.
- Eu tenho esperado demais, Frieda.
- Mas é por que não chegou o seu momento, meu amigo.
- Amigo... Momento... E quando é que meu momento vai chegar?
- Em breve.
- Em breve quando?
- Isso eu não sei.
- Ninguém sabe.
- Não, Deus sabe.
- Ah, e Ele vai me dizer?
- Não assim dizendo, mas ele vai fazer com que você sinta.
- Queria poder acreditar nisso, viu? Mas não consigo, não.
- Hans, eu queria lhe ver feliz, eu queria poder lhe ajudar, eu queria ver você bem.
- Você queria me ver bem, queria?
- Decerto, não tenha dúvida!
- Então me beija, Frieda!
- Hans, não é assim também.
Hans segurou Frieda.
- Me beija, Frieda! Você não quer me fazer bem?
- Hans, calma!
- Me dá um beijo, meu amor! Eu te amo, minha Frieda!
Hans então não se conteve e beijou a bela boca de Frieda, que não recuou. Ficou ali, entregue àquele calor que Hans lhe passava via oral.
- Mas o que significa isso? – estranhou o capitão Otto, ao flagrar a cena.
Hans e Frieda ficaram constrangidos com a inesperada aparição.
AGUARDE O PRÓXIMO CAPÍTULO!















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