sábado, 17 de novembro de 2012

capítulo sabadão especial O SHEIK DE AGADIR


O SHEIK DE AGADIR
Atenção: esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade.
Original de GLÓRIA MAGADAN
Adaptado pelo COMENTARISTA VIRTUAL
Contato (Só MSN): comentaristavirtual@hotmail.com
CAPÍTULO 19
- Vamos, Jesse, mexa-se! Acaso não és homem? – perguntou Madelon no quarto com o rapaz, notando que ele não estava no mesmo pique que o dela.
- Sou homem, sim, Madelon, mas...
- O que foi, Jesse?
O príncipe Jesse largou Madelon e saiu andando pelo quarto.
- Jesse, você tá bem? – inquiriu ela.
- Eu tô. Tô muito bem, Madelon.
- Mas o que há? Alguma coisa está acontecendo, afinal de contas, você mesmo me queria. Ou não queria?
- Queria, claro! Ainda te quero.
- Então? Vamos, aproveite!
- Não, Madelon, isso não tá certo.
- Não tá certo? O que não tá certo, Jesse? – perguntou Madelon.
- A gente ficar junto – respondeu o príncipe francês.
- E por que não? Você mesmo ficou uma arara, quando eu havia dito isso pra você. O que há agora? É uma espécie de vingança?
- Não.
- Está se fazendo de difícil?
- Madelon, não. Não seja ridícula!
- Ridículo está sendo é você! Príncipe Jesse, eu não consigo te compreender.
- Você quer transar comigo, Madelon?
- Quero. Isso é o que eu mais quero, Jesse!
- Mas eu não quero. Eu não quero fazer sexo com você, Madelon. Me desculpa!
- Você não devia dizer isso – disse o capitão francês.
- Ah, não? E por quê? – perguntou Romênia.
- Porque esse filho eu fiz com você, antes de me apaixonar por Jeanette.
- Tá, e o que eu e o bebê temos com isso?
- Na realidade, nada.
- Pois é.
- Mas, Romênia, você precisa me entender!
- Eu não tenho e nem vou entender coisa alguma! – impacientou-se a mulher. – Eu não nasci pra criar filho sozinha, Maurice.
- Eu sei e você está certíssima. Eu não vou deixar você criar um filho meu sozinha, não.
- Então o que quer?
- Eu só quero que mantenha isso entre nós.
- Então vai ficar querendo, porque isso eu não vou fazer, não.
- Parece que você não quer só esse filho. Parece que você me quer também.
- Pois quer saber? É isso que eu quero mesmo: eu quero você, Maurice. E eu não vou deixar você ficar com a princesa Jeanette de jeito nenhum. Nem que eu tenha que te matar, mas com ela você não fica!
- Ah, mas vou! Vou e você vai ver! Eu não vou me submeter às suas ameaças.
- Você quem sabe. Mas saiba também que minhas ameaças vão ser cumpridas.
- Dane-se! Adeus! – disse Maurice, subindo no cavalo.
- Maurice, volta aqui! Você não vai sair daqui!
- Tchau! – disse, sumindo Maurice.
- Maurice, Maurice Dumont, volte aqui, seu desgraçado! Maurice!
Em vão. O capitão Maurice Dumont sumia no deserto.
- Se você acha que vai sumir da minha vida de novo, está enganado, Maurice. Eu não vou deixar. Nunca mais! – disse e começou a andar, acariciando a barriga enorme. – Você vai ter um pai, meu filho. Nem que seja morto!
- Podem me explicar o que é isso? – perguntou novamente o capitão Otto.
- Um beijo – respondeu Frieda.
- Ah, então é isso? – disse o capitão Otto von Lucken, aproximando. – Pois bem.
O capitão nazista deu um tapa na cara de Frieda.
- Ai! – gritou ela.
Hans se movimentou e amparou-a.
- Agora eu quero que você me diga o que é isso que eu acabei de lhe dar – disse o capitão von Lucken.
- Eu vou embora daqui! – respondeu Frieda. – Eu vou voltar pra Alemanha, eu vou voltar pra minha casa!
- Ah, não vai mesmo! – replicou o capitão Otto. – Daqui você sai só morta!
- O que é isso, capitão? O que aconteceu com o senhor? – perguntou Hans, aflito.
- Eu é que quero saber o que aconteceu com vocês. Vocês sempre foram meus melhores soldados, junto com Madelon e Zebedeu, mas, ultimamente, só estão a dar-me desgostos! O que é? Acham que isso é uma aventura para escoteiros? Pensam que estão numa excursão de escola? Isso é a guerra, minha gente! E a guerra não se larga assim. Não se pode, não se deve abandonar o seu país!
- Concordo, comandante – respondeu Hans.
- Concorda? Não parece – respondeu o chefão, exaltado. – Olha, Hans, eu lamento, mas vão ter que terminar esse romance.
- Não tem romance nenhum, capitão. Eu que a beijei, foi um beijo apenas.
- Um beijo apenas?
- Sim, capitão – respondeu o soldado Stauber.
- Não me diga! E veja se isso é lugar e momento para beijos e cenas de amor!
- Não é, capitão.
- Claro que não! Vocês são uns incompetentes, uma raça imunda mesmo! Creio que precisarei dar cabo da vida de vocês.
- Não é necessário, capitão. A gente vai parar.
- Não deviam nem ter começado.
- Capitão...
- Cale-se, Hans! Pare de me responder!
- Sim, senhor – disse ele.
- Seus argumentos, sua voz me ofende, me irrita. Chega, basta! Eu não quero, eu não admito cenas melodramáticas sob minhas vistas, ainda mais quando um prisioneiro nosso fugiu e vocês deviam ter feito alguma coisa. Mas o que fizeram? Nada! N-A-D-A! Nada. Vocês são um nada mesmo, um monte de merda, um coisa nenhuma que chega a lugar nenhum! Ouçam bem: eu não quero que isso volte a se repetir, porque, se isso acontecer outra vez, eu vou arrancar os lábios de cada um dos dois e vou dar de comida aos cavalos, hum? Entenderam? Essa é a hora de você falar, Stauber!
- Entendi, sim, senhor! – respondeu ele, amedrontado.
- Ótimo. E você, Frieda?
Frieda continuava quieta.
- Vais me responder ou não vai?
- Frieda, o capitão está falando com você – disse Hans.
- Então ficou surda? Então eu vou ensinar ela a ouvir – disse o capitão Otto e a levou pelos cabelos, em meio aos debates dela e de Hans, que tentava argumentar.
- Sem choro e sem conversa! – ordenou o capitão nazista aos dois soldados e levou Frieda dali.
- Jesse, você tem certeza do que tá dizendo? – falou-lhe Madelon.
- Eu tenho.
- Certeza mesmo? Pense bem. Você está me irritando!
- Irritando por quê?
- Como por quê? Então você chega pra mim, diz que quer me beijar, quer me possuir, agora, quando eu, finalmente, quero é você quem não quer. Acha que eu sou fácil demais, é?
- Não é isso, Madelon. O problema não é com você.
- Claro que não é! O problema é com você mesmo. Você que tá bancando o grande babaca dessa história!
- Ei, calma!
- Como posso me acalmar, Jesse? Achei que você estava com um fogo igual ao meu. Mas vejo que esse fogo não dá pra apagarmos juntos.
- Madelon, eu...
- Você o que, Jesse? O que tem você? Você tem algum problema?
- Problema?
- É. Problema no pênis.
- Não. Que ideia, Madelon!
- Você tem alguma doença?
- Não. Madelon!
- Ué, Jesse! Eu tenho que perguntar, como posso saber? Ué!
- Madelon, eu acho que eu não tô no meu momento.
- Ah, não?
- Não.
- Mas você disse que tava, homem de Deus!
- Mas eu estava enganado, Madelon.
- Você não se interessa por mulheres, Jesse?
- Madelon, o que é isso? Você está me achando com cara de quê?
- Vai saber, né? Porque você tá muito esquisito, garoto! Olha a chance que você tá tendo! Muitos trocariam de lugar com você só pra ficar comigo!
- Quanta modéstia!
- Mas não é? Eu não sou bonita de cara e de corpo?
- Sem dúvida!
- Então, Jesse?
- Não é dessa vez, Madelon. Na próxima, a gente fica junto e faz tudo.
- Eu não acredito que você esteja me dispensando.
- Mas eu não tô! Eu tô é dando um tempo, só isso. Eu preciso de um tempo.
- Ah, eu acho que você precisa é se matar, viu? Se matar de vergonha, porque eu não te entendo.
- Madelon...
- Ah, e eu também vou-me embora. Nada mais tenho para fazer aqui.
- Madelon, espera!
- Pra quê? Vai me dar o que eu tô querendo?
- Não.
- Então adeus, Jesse!
- Madelon!
Tarde demais. Madelon fechou a porta e deixou o príncipe Jesse ali, confuso em seus pensamentos.
Madelon passou pelo corredor, quando viu o capitão Otto fechando uma porta à chave. A porta era esmurrada por alguém que dizia o seguinte:
- Não, capitão Otto, não faça isso!
- Cale-se! – respondeu ele.
- Não é a voz de Frieda? – perguntou Madelon.
- É ela mesmo – respondeu o capitão Otto, secamente.
- Mas o que ela tá fazendo aí?
- Está aí pra refletir sobre a sua conduta por um superior.
Hans estava com os olhos marejados de lágrimas.
- E ouçam bem vocês dois! – disse o capitão para Hans e Madelon. – Se agirem do mesmo modo que o dela, também vão se arrepender! – disse o capitão nazista e se retirou.
- O que é que ele quis dizer com isso? – perguntou Madelon.
- Nada, não, Madelon – respondeu o soldado.
- Como não? Alguma coisa está acontecendo e eu quero saber imediatamente o que é! – disse Madelon.
AGUARDE O PRÓXIMO CAPÍTULO!






Nenhum comentário:

Postar um comentário