O SHEIK DE AGADIR
Atenção: esta é uma obra de ficção
baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade.
Original de GLÓRIA MAGADAN
Adaptado pelo COMENTARISTA
VIRTUAL
Contato (Só MSN):
comentaristavirtual@hotmail.com
CAPÍTULO 17
- Princesa Éden? – perguntou o sheik e correu até o
quarto onde ela estava deitada.
- Graças a Deus, eu fui salva! – festejou a
princesa Jeanette.
- Você está brincando, não é, Romênia? – perguntou
o capitão Maurice com Romênia, na cabana abandonada, enquanto ainda comiam
aquelas frutas silvestres.
- É óbvio que não. Você me conhece, Maurice. Eu não
sou de brincar com coisa séria.
- Espero que não mesmo, pois isso não se faz.
- Mas que o filho é seu, isso é e não adianta
questionar!
- Tu tens certeza, Romênia? Olhe, que estou para me
casar com Jeanette.
- Isso é o que você pensa, Maurice. Eu não vou
deixar isso acontecer, não. Você fez um filho comigo e agora vai me ajudar a
criá-lo também.
- Tudo bem, façamos o seguinte, então: eu ajudo você
a cuidar desse bebê que você tá esperando, mas...
- Mas?
- Em compensação, eu lhe peço o seguinte.
- O que me pede? – quis saber a moça.
- Peço que não comente isso com ninguém – respondeu
o capitão francês. – Se fizer isso, ficarei bastante agradecido.
Zebedeu já vinha entrando na sala de estar do
palácio francês, quando viu Hans ali.
- Onde está o capitão? – perguntou o que entrava.
- Procure! É você quem precisa dele – respondeu
Hans, secamente.
- Ora, maldito! – respondeu-lhe Zebedeu e foi
procurá-lo.
Zebedeu foi achá-lo em seu quarto. Bateu na porta.
- Capitão Otto von Lucken?
Silêncio.
- Capitão, estás aí? – bateu outra vez. Como
ninguém atendeu, entrou. O capitão, a essa hora, saía do banheiro de seu quarto
e se surpreendeu com a chegada daquele visitante inesperado.
- Soldado Zebedeu, isso é jeito de entrar no meu
quarto?
- Mas eu chamei, bati na porta e entrei.
- Entrou não, você invadiu. Eu estava era fazendo
barba.
- Decerto. Tá até com um pouco de espuma aqui.
- Onde?
- Aí, em cima do queixo, ó!
- Ah, sim.
O capitão nazista dirigiu-se ao banheiro para
continuar, enquanto perguntava.
- E então, Zebedeu? Tens alguma novidade para mim?
Lá de fora, disse ele:
- Tenho.
- Então, o que manda?
- O capitão Maurice Dumont fugiu mesmo.
- Ai! – cortou-se com o susto o capitão alemão.
Madelon chegou no quarto do príncipe Jesse.
- Oi, saudades de mim? – perguntou ela.
- Ah, Madelon! – correu ele e a abraçou. – Só Deus
sabe o quanto esperei para rever você. Achei que fosse me abandonar, sabia?
- Isso nunca, meu príncipe!
E se beijaram.
- Como se sente? – perguntou o sheik Omar à
princesa Éden, sentado ao lado da moça deitada.
- Me sinto mal.
- Eu sei, imagino.
- Sabe nada. A minha coluna ainda, não sinto minhas
pernas... Será que vou ficar sem andar?
- Não diga isso, princesa Éden! Você é uma mulher
forte! – respondeu o sheik.
- Eu tento ser, sheik, mas eu tô cansada. Tu me
repudias demais! Eu não sei se vou aguentar viver sem teu amor, sobretudo
inválida. Ai, prefiro a morte!
- Não repita isso! – respondeu o sheik árabe.
- Por que não? É como me sinto.
- Mas vai passar, princesa Éden, você vai ver! Um
dia, você vai se lembrar disso rindo.
- Eu não sei, não, sheik. Eu não sei.
- Vai, eu lhe prometo.
- Sheik, esse tipo de promessa eu não quero, sheik.
- Então, diga o que quer que eu prometa, porque o
que você pedir, eu vou atender.
- Vais mesmo?
- Ora, mas claro!
- Que bom.
- Diga lá! O que é que você deseja?
- Eu desejo uma promessa sua, você promete?
- Prometo, fale!
- Promete... – e se calou, insegura.
- Continue!
- Está bem – respondeu a princesa Éden e foi fundo:
– Promete que vai ficar aqui do meu lado e não vai me abandonar nunca, promete?
O sheik, inseguro, não sabia o que dizer.
Madelon fechou a porta.
- Pronto, vamos manter essa porta fechadinha. Assim
teremos maior privacidade.
- Privacidade?
- É, você não quer?
- Não quer o quê?
- Eu, hoje, vou satisfazer a sua vontade, Jesse.
Você não me queria?
- Muito. E quero até hoje.
- Pois então. E vai me ter do jeito que me quiser.
Hoje eu sou todinha sua!
O príncipe Jesse estava admirado.
- Meu amor, minha vida! Eu te amo, Madelon!
- Eu também te amo, meu príncipe Jesse!
- Seu. Só seu e de ninguém mais, querida! – disse e
a beijou.
O capitão Otto von Lucken limpou o sangue, que
escorria queixo abaixo.
- Não pode ser!
- Infelizmente, aconteceu, capitão. Eu não pude
fazer nada. Me perdoe.
- Desgraçados! Miseráveis, idiotas, incompetentes!
– urrou o capitão nazista. – Estou perdido com a equipe que possuo! Quem diria?
E vocês eram os melhores! Quanta decepção, viu?
- Eu não pude fazer nada, capitão von Lucken.
- Como sempre, vocês nada podem fazer! Com o salário
que vocês recebem, vocês deviam era ter vergonha dessa imprestabilidade de
vocês!
- Mas, capitão, eu peço que reconsidere...
- Ora!
- Eu estava no deserto, procurei o capitão Maurice
Dumont por toda a parte, mas não o encontrei. Não é culpa minha, senhor!
- É, sim! A culpa é de todos! Um pouco que eu me
descuido e vocês aproveitam para aprontar, hein?
- Mas, capitão...
- Mas deixe estar. Já vi que com vocês eu não posso
contar mesmo. Mas eu vou agora lá no deserto, vou andar os sete mares, ir até o
inferno se for preciso, mas eu mesmo vou pessoalmente encontrar esse capitão
Dumont e, quando eu o encontrar, coitado dele, eu o matarei!
- Eu fui longe demais? – perguntou a princesa
árabe.
- Não. Eu até entendo você – respondeu o sheik.
- Será que dá pra atender esse meu pedido? – ela
continuou, firme.
- Não sei.
- Você disse que ia cumprir com qualquer coisa que
eu escolhesse. Não és homem de palavra?
- Sou e você sabe que sim.
- Pois então? Do que tem medo?
- De nada, mas isso que me pede... Tem certeza que
é só isso que vai lhe fazer feliz?
- Eu não tenho a menor sombra de dúvida. Ou é isso
ou é nada mais. Eu tenho certeza!
- Princesa Éden, você é tão jovem, tão bela...
- E o que falta para que você me ame?
- Quem poderá explicar? Isso é coisa que só o coração
escolhe, ele que comanda a gente nesses mistérios do amor.
- Pra mim, o amor não tem mistério nenhum. É tudo
tão simples, tão fácil de resolver.
- Aí que se engana, princesa Éden! Muitas coisas
são bem mais complexas do que imaginamos. A princesa Jeanette é um bom exemplo.
- É por causa dela, não é?
- Por causa dela o quê?
- Por causa dela que você me repudia, não?
- Mas eu não repudio você.
- Repudia, sim!
- Não repudio.
- Repudia!
- Não!
- Repudia, sim, sheik Omar! Você ama aquela moça,
pelo menos é o que diz. E, por causa dela, sente-se incapaz de me amar?
- Acho que sim, Éden, eu não sei.
- Caro sheik... Me espanta isso em você. Sempre foi
forte, valente, assim, machão e, no entanto, estás apaixonado.
- Os brutos também amam, coração.
- É... Infelizmente – respondeu, seca, a princesa
Éden. – Então? Vai ou não vai me prometer?
- Tá bom, seja a feita a vossa vontade, princesa
Éden! Eu prometo que vou ficar aqui você, que não vou te abandonar nunca.
- Isso.
- Satisfeita?
- Ainda não. Eu quero mais.
- Mais? O que mais pode querer? Eu já realizei o
seu desejo.
- Não completamente.
- O que falta, afinal?
- Falta você prometer que vai me amar. Ou é isso ou
a promessa não vale.
- Princesa Éden...
- Promete! – interrompeu ela. – Prometa agora! É
uma ordem.
O sheik Omar ali, ficava sem saber o que fazer.
AGUARDE O PRÓXIMO CAPÍTULO!
Nenhum comentário:
Postar um comentário