terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Sheik de Agadir:O Capítulo cheio de graça


O SHEIK DE AGADIR
Atenção: esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade.
Original de GLÓRIA MAGADAN
Adaptado pelo COMENTARISTA VIRTUAL
Contato: (Só MSN) comentaristavirtual@hotmail.com
CAPÍTULO 7
- Pois bem. O que fez o Zebedeu? – perguntou o capitão Otto.
- Ele foi hostil e grosseiro conosco. Tá aí minha criada que não me deixa mentir, não é, Coralina?
- Se foi! Ele apontou a arma pra gente, eu quase congelei de medo! – disse Coralina ali, de pé, servindo o café.
- Nossa, mas eu... Eu não sabia – respondeu Otto von Lucken.
- Por isso estou te comunicando. Eu gostaria muito que o senhor tomasse uma atitude mais firme com ele. Foi um abuso ele ter feito aquilo, ainda mais com a princesa a quem vocês são aliados!
- Nem precisa me orientar, princesa Éden. O meu senso de justiça me ordena essa ação.
- Maravilha!
E a princesa Éden ria muito por dentro, quando passou Hans como uma enchente.
- Ei, Hans, o que houve?
- Aquela praga de princesa! Entornou-me toda a comida, olha só como é que eu tô!
- Puxa, que princesa mais mal criada! – replicou Éden de Bassora. – Bem se nota que não teve educação.
- Não é? – rebateu Hans. – Mas não ficou por isso mesmo. Eu me vinguei dela.
- O que tu fizeste? – quis saber o capitão Otto.
- Lhe dei uma surra, ora. É bom que ela aprenda que eu não sou bobo como pensam.
- Fez bem – apoiou o capitão. – Esse casalzinho precisa entender que não estamos de brincadeira. Foi bom você ter posto um freio naquela mulherzinha.
- Com sua licença, capitão! – e ergueu a mão ao alto.
- Toda, Stauber, toda!
- Princesa – cumprimentou ele.
- Até mais ver, soldado! – respondeu ela.
Hans se retirou.
- A educação em pessoa esse rapaz, hein?
- Só somos violentos quando precisamos ser.
- Eu gosto de gente assim.
- Bom saber.
Troca de risos.
- Olha, eu vou embora, porque ficar aqui pode ser perigoso. Vocês dois estão sendo muito vigiados, mas, no que precisar de mim, já sabe, viu?
- Você não devia fazer isso – respondeu a princesa Jeanette Legrand.
- Não devia o fazer o quê? Ajudar-te? – perguntou Madelon.
- Não. Você não devia era me alimentar falsas esperanças.
- Não são falsas esperanças, princesa. Eu falo sério.
- Por que eu deveria confiar?
- Porque eu sou sua única chance de dar a volta por cima.
- Sendo assim, eu acho que eu vou aceitar essa chance.
- Faz bem, princesa Jeanette. Agora você só precisa se acalmar, ficar mais quieta, porque, com a cabeça quente, você não vai poder pensar direito e só vai se prejudicar. Você e seu noivo, o capitão Maurice.
- Como ele está? Ele está bem?
- Calma, não se preocupa! Ele está ótimo. Eu que estou cuidando dele.
- Você?
- Sim. Ordens do capitão Otto, o que se há de fazer?
- Por favor, não deixe nada de mal acontecer ao meu Maurice! Se algo acontecesse com ele, eu me sentiria sem vida.
- Não diga isso, querida!
- Por que não? É assim que eu ia me sentir mesmo.
- Mesmo assim, você é tão nova... Por que sofrer tanto assim por um homem?
- Porque eu o amo. Se vocês, soldados, são um bando de sem corações acostumados só a ver os outros morrerem, eu não sou assim. Eu sou pura, bondosa e confio no amor acima de tudo.
- Sem coração? É assim que me paga pela ajuda a qual estou lhe prestando? Dirigindo-me ofensas?
- Madelon, mil desculpas.
- Não, nem dez mil. Se eu sou sem coração como você diz, por que vou aceitá-las, hum? Fique aí com todo o seu sentimentalismo barato e faça bom proveito dele. Espero que ele te salve de quando levar uma surra.
Madelon vai sair, quando é chamada por Jeanette. Ela se volta para a outra e sai de novo. A princesa Jeanette fica inquieta.
- Eu e essa minha boca maldita.
Enquanto isso no deserto, o capitão Otto von Lucken conversa com o soldado Zebedeu.
- Quando ela me contou, eu quase não acreditei. Mas, ultimamente, eu ando acreditando em tudo quanto é estupidez. Como foi que você ousou fazer tamanha besteira? Apontar uma arma para uma princesa a qual somos aliados?
- Perdoe, capitão Otto, eu não sabia!
- Eu devia era apontar uma arma para você e atirar.
- Por favor, senhor!
- Mas eu não vou fazer isso. Ainda não é a hora do seu fim. Mas, eu, se fosse você, me preparava, pois seu fim não está para demorar e com muita dor há de chegar.
Sai o capitão Otto, deixando Zebedeu amedrontado. Ao fundo, a princesa Éden ri daquela situação.
- Você precisava ver a cara dele, Coralina! Aquela cena foi demais! – divertia a princesa Éden com Coralina na cozinha.
- Credo, princesa Éden! Não era pra tanto, não é?
- Como não, criatura? Esqueceu que ele quase matou a gente?
- Mas será que ele ia nos matar mesmo?
- Deixa de ser burra, ô, mulher! Ninguém aponta uma arma pra uma pessoa à toa.
- Pensando bem, deve ser, né, não?
- Ai, ai, não sei como ainda perco o meu tempo conversando com você. Um camelo é mais inteligente.
- Por Alá, também não precisa ofender, né?
- Ah! – disse a princesa Éden, enquanto sumia da cozinha.
- Víbora! – disse para si Coralina, referindo-se à princesa Éden.
Enquanto isso dos fundos do palácio um adolescente acabara de escalar a parede, quando dirigia sorrateiramente até chegar à porta dos fundos. Por ali Hans alimentava seu cavalo no estábulo, quando viu uns cães latindo, acabando de denunciar o estranho invasor. Rapidamente Hans tirou sua escopeta e mirou para o garoto.
- Parado aí, meu jovem! Parado ou eu atiro e lhe desfaço a vida!
Diante de tais palavras, nosso novo personagem só poderia sentir uma coisa: medo. E foi o que sentiu.
AGUARDE O PRÓXIMO CAPÍTULO!






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